Soluções <br>para uma vida melhor
Sob o lema «No concelho do Seixal e no País, trabalho, honestidade e competência, soluções para uma vida melhor», realizou-se no sábado, 11, um Encontro Concelhio da CDU, para analisar e debater colectivamente o trabalho desenvolvido pelas autarquias neste primeiro ano e meio de mandato, e, simultaneamente, mostrar como o projecto da Coligação PCP-PEV constitui uma real alternativa de governo para o País.
A CDU tem propostas para resolver os problemas do País
No Clube Recreativo da Cruz de Pau, onde estiveram mais de 200 pessoas, Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, lembrou que as eleições legislativas deste ano «constituem um momento da maior importância na luta pela ruptura com a política de direita e a concretização de uma viragem inevitável e necessária na vida nacional».
«Trata-se de uma batalha para a qual nos precisamos de preparar com toda a determinação, capacidade de iniciativa e realização, construindo uma grande, combativa e esclarecedora campanha eleitoral de massas, capaz de envolver o máximo das forças de cada uma das componentes da nossa Coligação (PCP-PEV) e os muitos milhares e milhares de independentes, democratas e patriotas, que sabem que reside na CDU e no seu reforço o elemento mais decisivo para a concretização de uma política alternativa», disse Jerónimo de Sousa, garantindo que «é possível um outro caminho» alternativo ao «rumo de empobrecimento, à submissão e à dependência».
Percurso de trabalho
No Encontro do Seixal – onde se denunciou a preocupante situação que hoje se vive e sente por todo o País, resultado da acção política de direita imposta por sucessivos governos sob a responsabilidade de PS, PSD e CDS – as mais de vinte intervenções proferidas confirmaram um percurso de trabalho caracterizado pela coerência de um projecto em defesa das populações, onde está patente uma obra e uma visão de desenvolvimento que mostram o superior valor de uma gestão alicerçada no conhecimento e no planeamento, realizada em estreita ligação e articulação com as populações e as suas aspirações, e que permite padrões de qualidade de serviço público e de crescente satisfação das necessidades das gentes deste concelho.
«Um projecto, um trabalho e uma obra que nestas últimas quatro décadas transformaram o Seixal num dos concelhos mais desenvolvidos do País», patente «na elevação da qualidade de vida da população, na modernização do concelho, na amplitude e qualidade das suas infra-estruturas, na qualificação das escolas, no desenvolvimento de zonas verdes e espaços de lazer, na sustentabilidade ambiental com o tratamento das águas residuais do concelho, bem como dos resíduos sólidos», descreveu o Secretário-geral do PCP, focando a «concretização de importantes projectos de requalificação do espaço público, no desenvolvimento desportivo e na criação cultural, nas respostas sociais à infância, à juventude, aos idosos».
Imperativo nacional
Jerónimo de Sousa frisou que a CDU tem soluções e capacidades para assumir todas as responsabilidades que o povo lhe atribua, no plano local, mas igualmente no plano nacional.
«A CDU tem propostas para resolver os problemas do País e capacidade e competência para as concretizar». Na área da Saúde, considerando que existem, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas, um milhão e 200 mil portugueses sem médico de família, um investimento de cerca de 20 a 30 milhões de euros na rede de cuidados de saúde primários aliviaria a pressão sobre as urgências hospitalares. «Poder-se-ia, assim, poupar 120 milhões de euros», precisou o Secretário-geral do PCP, que defendeu, por outro lado, a abolição das taxas moderadoras, a reposição do transporte gratuito de doentes não urgentes e a criação do laboratório nacional do medicamento, «que permitiria desenvolver a investigação e a produção nacionais».
Reforçar a CDU
Fernanda Pezinho, do Conselho Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), salientou, de igual forma, que a CDU, nas próximas eleições legislativas, apresenta-se como «a alternativa de esquerda credível, com provas dadas». Daí a necessidade de reforçar a Coligação PCP-PEV para «romper com este caminho de austeridade, abrindo um novo rumo, o da esperança, o da mudança», afirmou.
Para além de Jerónimo de Sousa e Fernanda Pezinho, na mesa do Encontro estiveram Bruno Santos, dos Organismos Executivos da Comissão Concelhia (CC) do Seixal, Rui Amaro, da Célula dos Trabalhadores da Siderurgia Nacional, Adelaide Marques, da Célula dos Professores, Alfredo Monteiro, da CC e presidente da Assembleia Municipal do Seixal, Paula Santos, da CC, da Assembleia Municipal do Seixal e deputada à Assembleia da República, Vasco Paleta, do Executivo da Direcção da Organização Regional de Setúbal (DORS), Joaquim Santos, da CC e presidente da Câmara do Seixal, Antónia Lopes, dos Organismos Executivos da DORS e do Comité Central, Pedro Grego, da Juventude CDU, Cláudia Viana, da Comissão de Freguesia de Amora, Maria João Costa, da Célula dos Trabalhadores da Câmara do Seixal, Manuel Araújo, da CC e presidente da Junta de Amora, e Margarida Botelho, da Comissão Política do Comité Central.
Cláudio Vieira
«Com a luta de todos, juntos com o povo, derrotaremos este Governo PSD/CDS e daremos um forte contributo para construir uma verdadeira alternativa que coloque os valores de Abril no futuro de Portugal».
Antónia Lopes
«O trabalho realizado na área social, na educação, na cultura, no desporto, no planeamento, no ambiente, nos espaços verdes, no movimento associativo, é prova do empenhamento dos eleitos da CDU, que trabalham em prol da melhoria da qualidade de vida no concelho».
Joaquim Santos
«O projecto da CDU no concelho vai prosseguir a sua missão de transformação das condições de vida da nossa população».
António Santos
«Todas as dúvidas levantadas, inicialmente e previamente, relativamente ao processo de agregação em forma de extinção de freguesias vieram a confirmar-se. O Estado nada poupou, antes pelo contrário».
José Carlos Gomes
«Na área do Desporto desenvolveu-se um trabalho colectivo que veio garantir a continuidade da resposta, consolidação e alargamento da prática desportiva à população do concelho do Seixal».
Manuel Araújo
«Apesar de todas as dificuldades, consideramos que o balanço do mandato é positivo para a Freguesia de Amora, dado o volume dos investimentos efectuados».
Manuel Janeiro
«Temos condições para fazer uma grande acção de esclarecimento, de forma a explicarmos a importância do voto na CDU».
Vanessa Silva
«Importa lembrar que neste processo [municipalização] tem que se ter em conta o princípio de autonomia do Poder Local Democrático e, mais importante, o reforço das verbas do Orçamento do Estado destinadas à valorização da Escola Pública e à prossecução dos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa».
Eduardo Rosas
«Temos conseguido encontrar soluções na defesa dos interesses das nossas populações».
Pedro Mogárrio
«A reconhecida diferença na acção dos eleitos do PCP e da CDU, construída ao longo de sucessivos mandatos, não radica apenas em meros traços de personalidade particularmente característicos ou de aptidões especiais de natureza individual, mas sim num estilo de gestão que, associada às qualidades de cada um dos eleitos, faz do contacto com as populações e da sua participação um elemento essencial de condução da gestão autárquica».
Orlando Gomes
«É conhecida a longa luta que tem sido desenvolvida nos últimos anos pela construção de um hospital público no concelho do Seixal».
Joaquim Tavares
«O capital não desiste de privatizar a água. Trata-se de um processo de roubo do património das populações e do direito universal do acesso à água».
Rui Amaro
«As próximas eleições legislativas serão mais uma grande oportunidade para, através do voto na CDU, derrotar o Governo e esta política degenerativa».
Paula Santos
«A actual legislatura ficou marcada pelo caminho que já vinha de trás, com os PEC do PS e com a imposição do pacto de agressão ao povo e ao País, por PS, PSD e CDS. Na Assembleia da República demos combate a esta política e propusemos uma política patriótica e de esquerda».
Carlos Reis
«A nova realidade orçamental empurrou-nos para um ajustamento cuja preocupação foi a de satisfazer e fortalecer as bases que se pretendem sólidas».
Alfredo Monteiro
«O ataque ao Poder Local e à sua essência democrática, através da violação da autonomia constitucional, da asfixia financeira e do estrangulamento da sua capacidade realizadora e de prestação de serviço público à população, assenta num programa ideológico e numa linha estratégica que visa a aniquilação das autarquias locais, enquanto órgãos do Estado com atribuições e competências próprias, independentes da tutela do Poder Central».
Corália Loureiro
«O Poder Local vê-se nas palavras e no trabalho realizado, garantindo um futuro com mais justiça social e lutando permanentemente para que os valores de Abril se mantenham bem firmes».
Mariana Margarida
«Imaginem se, tal como no Seixal, fossem os comunistas, os patriotas e os democratas a governar o País. Certamente que estaríamos muito melhor».
Jorge Gonçalves
«Importa realçar diferenças nas opções políticas sobre o planeamento do território que contribuem, não só, para o desenvolvimento do nosso concelho, mas também para a afirmação do nosso projecto autárquico enquadrado numa política alternativa e de soluções para o País».
Delfim Mendes
«É preciso começar, desde já, a dar cor e vida à organização e mobilização para a grande marcha nacional do dia 6 de Junho, em Lisboa, utilizando todas as formas e meios ao nosso alcance».
Paulo Silva
«Somos a única força política que honra as suas promessas, que tem um trabalho que demonstra que cumprimos aquilo que prometemos».
Américo Costa
«Precisamos de estar permanentemente em contacto com as populações».
Trabalho, honestidade e competência
Na Resolução do Encontro acentua-se que nas eleições autárquicas de 2013 «a população do concelho do Seixal expressou, uma vez mais, a sua forte confiança na CDU e nos seus candidatos», mas que «as políticas de direita prosseguidas, sucessivamente, pelos governos do PS, PSD, com ou sem o CDS, têm limitado e condicionado fortemente a intervenção do Poder Local Democrático», sendo que hoje «são grandes as exigências imputadas às autarquias».
«A perda crescente da autonomia, de que são exemplos a imposição da diminuição do número de trabalhadores, os obstáculos a novas contratações, bem como as medidas que retiram meios financeiros, como o Fundo de Apoio Municipal, estão a estrangular as autarquias», denuncia o documento, onde se dá conta de que «no País, as autarquias perderam em dez anos cerca de 30 por cento das transferências do Estado, próximo de 1,5 mil milhões de euros, quando, ao mesmo tempo, as receitas do Estado aumentaram exponencialmente».
«O Governo prossegue na sua estratégia de desestruturação das políticas públicas e de privatização das funções do Estado, com fortes consequências sobre as autarquias e as populações. Mais, procura-se virar as populações contra o próprio Poder Local Democrático, quando decide transferir para as autarquias um conjunto de responsabilidades que são constitucionalmente da competência do Governo», salienta o documento.
Propostas com futuro
Na intervenção diária da CDU, como destaca o texto da Resolução, uma das principais prioridades é criação de emprego com direitos, bem como a criação de riqueza e progresso no concelho do Seixal. «Entendemos que a forte matriz industrial que caracteriza o concelho deve ser potenciada e ampliada, através da instalação de novas unidades produtivas, no âmbito do Projecto do Arco Ribeirinho, revitalizando importantes áreas do território, como é maior exemplo a da ex-Siderurgia Nacional, para além da planificação de novas áreas industriais, de serviços ou logística, que serão criadas com o novo Plano Director Municipal, constituindo um cluster industrial e logístico no concelho, sem esquecer as dinâmicas nos sectores da energia, ambiente ou naval», defendem os eleitos e activistas da CDU.
No documento é ainda referida a defesa de um sistema de mobilidade e transportes eficaz e ao serviço das populações e alerta-se para a ofensiva no sector das águas e dos resíduos, com o intuito de os privatizar e colocar nas mãos dos grandes grupos económicos.